terça-feira, 16 de junho de 2009

Visita de estudo à Citânia de Sanfins

No passado dia 18 de Maio, os alunos do 7º ano da Didáxis, fizeram uma visita de estudo à Citânia de Sanfins, que se localiza, em Sanfins, Paços de Ferreira.
Esta citânia foi classificada pelo IPPAR como monumento nacional e é uma das principais zonas arqueológicas da civilização castreja (povos que habitavam em castros) na península Ibérica.
Está situada no cimo do monte, porque estes povos não possuíam armamento sofisticado, logo habitavam no topo das montanhas, para poderem detectar os seus inimigos com mais facilidade. Neste castro conseguem-se avistar as serras: do Marão, de Montemoro, do Gerês e até o mar desde Vila Nova de Gaia, Leça e Póvoa de Varzim. Infelizmente não observámos esta maravilhosa vista, pois o tempo não o permitiu



A citânia era protegida de invasões e ataques de outros povos por linhas de muralhas. Foi habitada desde o século IV a.c. até século II d.c por castrejos e Romanos.
Após o abandono da citânia, esta foi usada como cemitério cristão. Os romanos e os castrejos não enterravam os seus mortos, mas queimavam-nos numa pira funerária.C om o evoluir da religião e a chegada do cristianismo, os povos começaram a sepultar os seus mortos, na citânia abandonada, porque pensavam que lá (por ser um local de grande altitude) estavam mais perto do céu.
Uma das particularidades da Citânia de Sanfins e que a distingue de todas as outras citânias, na Península Ibérica é o seu núcleo familiar bem reconstruído. Existe um arruamento que atravessa a citânia de Norte a Sul e depois seis arruamentos transversais de vinte em vinte cinco metros. São cerca de cento e sessenta as construções de planta circular e quadrangular. À face das ruas estão lá bem visíveis os muros e dentro as divisões.
Não posso terminar este artigo sem deixar de falar do edifício que era destinado aos banhos públicos. Aqui pode-se observar a PEDRA FORMOSA: um monólito de grandes dimensões decorado com gravuras em baixo relevo que se situa no interior dos balneários e que permitia o acesso, por uma pequena abertura, ao compartimento dos banhos e dos vapores quentes.
Perto desta maravilha arqueológica existem também dois locais muito interessantes: um Centro de Arqueologia Castreja e Estudos Célticos e um Museu Arqueológico.
Esta visita de estudo foi muito interessante e enriquecedora. Espero ter mais oportunidades como estas e estudar a nossa História in loco.

Trabalho realizado por: Gonçalo Vilela Turma 7:6

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